Neste inicio de ano letivo, gostaria juntamente com meus colegas profissionais da educação, ler e refletir um pouco em relação ao professor pesquisador e o professor reflexivo.

Com avanço da tecnologia, as informações chegam com uma velocidade muita rápida de um ponto ao outro do planeta, ocorrendo à unicidade do mundo, em conseqüências, desses grandes avanços, vem o desemprego em massa, miséria entre as pessoas, políticas sociais injustas para os mais pobres. Neste contexto a educação requer um repensar que considere uma nova cultura docente, com foco na questão do “Professor Pesquisador Reflexivo”, que começa a estruturar-se com intuito de encontrar caminhos lógicos para que os docentes consigam construir saberes escolares ao longo do desenvolvimento profissional, ou seja, durante sua trajetória profissional.
Diante disto, os professores têm que lidar não só com alguns saberes, como era no passado. Vivemos uma época de grandes desafios: ao mesmo tempo em que nós, professores, temos que dominar toda uma gama de conceitos e saberes tradicionais, nós ainda temos que dominar, competentemente, as novas tecnologias de informação. Devemos conhecer nossa profissão profundamente, compreender como ocorre a apropriação do conhecimento, reorganizar, reelaborar esse conhecimento e torná-lo significativo para nosso aluno.
Desta forma, a educação exige um trabalho de pesquisa constante e ininterrupto, o tipo de trabalho que não termina nunca. Sem a pesquisa o trabalho docente fica seriamente comprometido, haja vista que é através da pesquisa que encontramos o caminho promissor para criar uma nova postura frente ao grande desafio da busca pelo conhecimento.
O professor pesquisador e reflexivo é aquele que adota uma postura critica frente aos conteúdos que pretende trabalhar com seus alunos, articulando seu currículo a favor da aprendizagem e não restringindo seu trabalho ao mero repasse de informações.
Podemos dizer que o professor e reflexivo é aquele professor indagador, que assume a sua própria realidade escolar como um objeto de pesquisa, como objeto de reflexão, com objeto de análise.
A pesquisa é, portanto, o caminho através do qual o professor irá percorrer a investigação, a argumentação, a dúvida, o questionamento e, conseqüentemente, o lugar onde ele encontrará importantes respostas. Pesquisar significa, portanto, a aliança entre o professor e a sua prática pedagógica. Cabe ao professor o comprometimento com seu papel, despindo-se da postura autoritária e detentora do conhecimento e trabalhando com os alunos como uma equipe, companheiros de trabalho em busca do conhecimento.
A realização de pesquisas encontra nos espaços pedagógicos o ambiente perfeito para sua realização, haja vista que o espaço pedagógico reúne alunos e professores na busca pelo saber.
O professor em parceria com seus alunos pode criar um espaço altamente producente na elaboração de projetos e de pesquisa. Abordando questões pertinentes ao contexto da turma, investigando “com os alunos” temas de interesse, levantando problemas e questionamentos a serem resolvidos.
Este tipo trabalho instiga a curiosidade e o interesse do aluno, a partir do momento, que o aluno encontra sentido no processo educativo, ele passa a interagir e participar efetivamente das aulas.
Desenvolver projetos com os alunos torna-se uma prática indispensável na educação, frente aos avanços da tecnologia, ao dinamismo oferecido pela internet, a rapidez e instantaneidade das informações, o professor necessita aperfeiçoar seu trabalho em sala de aula.
O planejamento deve ser uma prática constante nas atividades do professor, pois através do planejamento é possível estabelecer de maneira mais precisa e consciente os objetivos a ser atingidos, lembrando que não há pesquisa nem projeto se não haver planejamento. Planejar deve ser, portanto, a linha mestra das ações metodológicas desenvolvidas pelo professor na sua prática pedagógica.


REFERÊNCIAS
PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, v. 7, nº 1, p. 32- 34, Jan./Jun. 2006.
FRANCO, Maria A. S. Pesquisa-Ação sobre a Prática Docente. In: Educação e Pesquisa vol.31 nº.3 São Paulo. 2007.